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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Visita à exposição Mestres do Renascentismo

Com todo o estudo sobre Renascença, origens do tarot e neoplatonismo, e pela vontade pessoal, claro, não podia deixar de ir no Centro Cultural do Banco do Brasil e ver a exposição. Como toda exposição grande tem seu tanto de fila, mas vale muito a pena. Primeiramente porque trata-se também de uma visita a um prédio todo em arte-decô. Tem um café gostoso para o fim da visita e o centro velho de São Paulo é muito inspirador...

Na exposição, existe uma parte que mostra a parte arquitetônica e como o movimento se desenvolveu e uma linha do tempo muito completa falando dos artistas, seus trabalhos e um dos marcos foi o entendimento do Neoplatonismo dentro do cristianismo - porque era o que eles podiam fazer na época. E o que acabou fazendo toda a diferença em como e no que era representado nas cartas de tarot - tudo na mesma época.

O começo da exposição, mostra como as tendências começaram a se mexer em Roma... e que acabaram tomando a Toscana, o Vêneto e outros locais, como o Ducado de Mântua - de onde vem a minha família? Que alegria!

Os trabalhos retratados na parte romana são a transição do gótico para o renascentista. E essencialmente, falamos de 90% de arte sacra. Muitas Nossas Senhoras, muitas anunciações...

Agora, para perceber o meio desse movimento e, literalmente, ver o que vemos no tarot, segue-se ao segundo andar. E é tudo verdade. Os retratos tem tudo aquilo que colocamos na mesa... Hierofantes seguidos de coroinhas, julgamentos com anjos, imperatrizes sendo coroadas, reis de paus, de espadas, o eremita São Jerônimo e ali, colocada a ampulheta... tudo ali, como grandes cartas talvez pedindo para serem jogadas. Nos contando sua história e sua inspiração. A mostra do maravilhoso nas linhas do clássico conversa com a nossa civilização. E conversa nessa língua que abrimos nas jogadas das cartas.

Senti falta, sem dúvida, dos quadros que traziam mitos e lendas - como as arturianas. De novo, o grosso da exposição era arte-sacra. Mas não sei dizer sobre a tremenda emoção de olhar um - no caso, dois - Botticelli de frente. De ver a coisa de verdade. Obras de 550 anos... e que permanecem. 

Talvez como o tarot, esse espírito é o que conta... sua essência é tão imensa e tão significativa que não esvanece. Não se perde. Contempla-se. Busca-se símbolos.

A exposição é um tremendo momento de diálogo interno.

Pietra,
renascendo, neoplatonizando.

2 comentários:

  1. Nossa, Pietra! Fui na exposição no sábado e vi as mesmas coisas...estava até caçando imagens na internet para fazer as relações com o Tarô...e o às de copas na porta entalhada de madeira, você percebeu? Bjs

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  2. O ás infelizmente não notei... mas vi tarot até naquelas imagens maravilhosas entalhadas no 1o. andar =)

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